80% das igrejas de Cuba enfrentam restrições severas por falta de reconhecimento legal

  • 13/05/2025
80% das igrejas de Cuba enfrentam restrições severas por falta de reconhecimento legal

A Aliança dos Cristãos em Cuba (ACC) fez uma reunião recente na cidade de Camagüey e divulgou um comunicado alertando sobre a “profunda crise política, econômica, social e espiritual” que afeta o país.

O comunicado, assinado por 63 membros da ACC e apoiado por pastores de igrejas locais, destaca dados do Observatório Cubano de Direitos Humanos, que aponta que 89% das famílias cubanas enfrentam extrema pobreza.

A ACC destaca que essa “esta situação afeta e sobrecarrega milhões de pessoas” e que há também “um aumento da criminalidade, da prostituição, das drogas e da corrupção”.

“O lamentável é que não haja um plano governamental para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Eles parecem condenados a resistir”, acrescentam.

Repressão e violência

Os cristãos cubanos afirmam que “a crise não é só econômica, observamos também um aumento crescente da repressão”. Segundo eles, há 762 presos políticos e de consciência, “o exemplo mais doloroso, embora não o único, de tanta injustiça”.

Eles também estão “especialmente preocupados com a crescente violência em nossos bairros, os roubos, os homicídios, os assassinatos de mulheres, a prostituição, as drogas e a corrupção”.

Nenhuma liberdade religiosa

“Neste contexto, o povo precisa mais do que nunca de suas igrejas e pastores, mas a liberdade religiosa continua sendo seriamente afetada, em contradição com o proclamado caráter laico do Estado cubano”, destaca a ACC.

Membros da ACC, pastores de igrejas locais e suas famílias após reunião na cidade de Camagüey. (Foto: Observa Cuba)  

O comunicado esclarece que “apenas as associações religiosas estabelecidas antes de 1962 possuem registro legal”, deixando mais de 80% das igrejas, denominações e ministérios locais sem direito a reconhecimento oficial.

Também denuncia o “confisco de bens, a demolição de locais de culto e diversas ameaças”, além de “proibições ou obstáculos que impedem pastores de acompanhar e confortar pessoas em hospitais, casas de repouso, orfanatos, prisões, escolas, universidades, equipes esportivas e no exército”.

A ACC relatou que, em 2024, foram registrados 996 casos de repressão contra líderes religiosos, sem mudanças na frequência mensal desses incidentes em 2025.

Apelo internacional

Cristãos cubanos pedem que instituições internacionais e governos democráticos pressionem as autoridades de Cuba para cessar o assédio e as restrições à liberdade religiosa no país.

“Pedimos isso não para nosso próprio benefício, mas para o benefício do povo cubano, que precisa do trabalho pastoral, profético e social de nossas igrejas”, concluem.

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/missoes-acao-social/80-das-igrejas-de-cuba-enfrentam-restricoes-severas-por-falta-de-reconhecimento-legal.html


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